Professor tradicional assistiu a um curso sobre uma nova maneira de ensinar, ficou empolgado e começou a mudar.
       Primeiro encheu a sua sala de cartazes. Começou a sentar com os alunos na hora do lanche.
       Começou a dar liberdade para os alunos estudarem o que desejasse, sem nenhuma supervisão.
       Chamado pelo diretor a dar explicações à conversa seguiu assim:
       _ Meu caro professor você era um modelo para essa escola, seus alunos tinham ótimos desempenho, o que está havendo? Perguntou o diretor.
       _ Estou mudando! Disse o professor entusiasmado.
       _ Examinemos sua mudança: Sua sala era a mais organizada – agora é uma desordem total; seu conteúdo sempre em dia – agora nem tem conteúdo; seus alunos os primeiros colocados em todos os concursos e competições que a escola participava – agora sequer classificados foram; você era um professor que nos intervalos orientava os outros – agora sequer vem a sala dos professores no intervalo; se essas são as mudanças acho melhor cancela-las, porque para a baderna e para a preguiça geral basta pouco. Finalizou o diretor.
        _ Mas o que eu aprendi no curso? Perguntou o professor.
        _ Joga fora porque não está ajudando em nada. Respondeu o diretor.
        _ Mas,...
        _ Mas nada! Até parece que fizeram lavagem cerebral em você, bom professor não é o que usa novos métodos, mas aquele que sabe usar um muito bem e que produz ótimos resultados. E antes de se ter liberdade é preciso ensinar a usá-la, porque senão vira bagunça.
        _ Mas,...
        _ Aproveite o que é bom do novo dentro do método que você domina bem, traga as novidades paulatinamente melhorando e recusando aquilo que não funciona. Seja um professor, não um invencionista sem propósito ou direção.
         Assim que o professor saiu da sala da diretoria, o diretor chamou a coordenadora e disse:
         _ Não quero nem saber de cursos novos sendo ministrado para os professores sem um relatório prévio do que está sendo tratado pelo curso.
         _ Por quê?
         _ Você não viu o estrago que essas novidades vindas das cabeças de quem nunca entraram em uma sala de aula produziram em nosso melhor professor?
         _ Não!
         _ Ele agora parece até meio louco! Completou o diretor.

         Obs.: Novidades são boas e fazem bem quando dosadas com sabedoria. O trabalho do professor não é fácil, mas tudo deve ser aproveitado com discernimento.